A defesa do petista pode estar tentando armar um bote para tirar do caminho a presidente da Corte.
A
ministra e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia,
pode estar sendo vítima de uma estratégia montada pela defesa do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que saia do caminho do
petista. O novo advogado de Lula pode ser a armadilha da defesa contra a
ministra.
Nesta
terça-feira (07), o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal,
Sepúlveda Pertence, declarou que está integrando a equipe de advogados
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi dada
durante a cerimônia de posse do ministro Luiz Fux como presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Sepúlveda,
que esteve na presidência da Corte de 1995 a 1997, é um grande amigo de
Lula e afirma que o ex-presidente sofre uma perseguição nunca antes
vista.
Ele afirmou já ter estratégias para defender o petista e disse não ser agressivo.
Porém,
um fato tem chamado a atenção e pode ser um tipo de emboscada da defesa
de Lula para tirar a ministra e presidente do STF Cármen Lúcia do
caminho. A ministra já deu declarações que não colocará em pauta o
julgamento de um possível novo entendimento sobre a execução provisória
em segunda instância, o que deixou Lula irritado com isso.
Conforme
informações do site “O Antagonista”, a defesa do petista escolheu o
advogado Sepúlveda Pertence por alguns motivos. Primeiro para tentar
mudar o conceito de alguns ministros da Corte sobre a condenação em
segunda instância e um outro motivo curioso e ao mesmo tempo grave seria
para tentar causar a suspeição de Cármen Lúcia. Pertence é primo de
terceiro grau da ministra e ela poderia se declarar suspeita para julgar
Lula.
Vale ressaltar que Cármen é um voto contra o ex-presidente e tirá-la do caminho seria um ponto positivo para o petista.
Suspeição
Em
julho do ano passado, a presidente da Corte acabou se declarando
suspeita sobre o julgamento do caso do senador Eduardo Braga, apenas
porque Braga tinha como advogado Pertence. Ela declarou motivo de foro
íntimo. A estratégia de Lula é que ela tenha a mesma atitude agora.
Um
ponto relevante e bem observado pelo site “O Antagonista” é que no
artigo 144 do CPC, o impedimento só aconteceria se o advogado já
estivesse junto com Lula no início do processo e não entrando agora.
Se
for notado também que o novo advogado entraria no caso apenas para
causar a suspeição da ministra, isso não poderá ser aceito pelas regras
constitucionais.
Exército
Segundo
as informações, Cármen Lúcia teria o apoio das Forças Armadas para não
colocar em pauta um possível novo entendimento da Corte sobre a prisão
em segunda instância. Militares já avisaram que não querem receber
ordens de um condenado da Justiça, isso caso Lula concorra e ganhe as
eleições, sendo presidente novamente.
Fonte: blastingnews
