sábado, 27 de outubro de 2007

ANDOR DE BARRO E CALDO DE GALINHA

De vez em quando surgem acusações contra professores de assédio sexual a alunos da rede oficial de ensino. Recentemente, fizeram um barulho imenso por causa de suposta conduta praticada por um professor de uma escola estadual. A imagem do professor foi bombardeada de todos os lados, e posteriormente veio à tona que tudo não teria passado de uma "armação" feita por um aluno.

Não se deve deixar sem apuração todas as denúncias que envolvem situações deploráveis e revoltantes como essa, mas deve-se ter o maior cuidado antes dessas acusações serem levadas a público, porque existe uma norma do direito (e é preceito Constitucional!) de que ninguém deve ser considerado culpado até o final do processo.

Casos como esses são muito delicados e, em se tratando de "armação", causa ainda mais repugnância, porque destrói a imagem do acusado a tal ponto que, mesmo sendo proclamada a inocência em processo judicial, os danos sofridos são de difícil (e muitas vezes de impossível) reparação, principalmente porque ainda não se ouviu falar em punição para os acusadores quando os acusados são inocentados pela justiça.

É preciso muito cuidado antes de se atirar pedras aleatoriamente em quem quer que seja, o que reforça o adágio popular que diz: "Cuidado que o andor é de barro", porque, afinal, outra reflexão não é demais relembrar: "Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém".

PS. As pessoas inteligentes discutem idéias. As pessoas medianas discutem fatos. Agora só as medíocres, as realmente muito medíocres é que discutem fofoca e o que os outros fazem com a vida.

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